terça-feira, 29 de outubro de 2013

Fanfic Lucas Lucco - Um Pedaço de Mim - Capítulo 13

(...)

- Até parece, que é assim! - digo rindo.
- Assim como?
- Você chega me beijando achando que eu vou aceitar tão fácil assim, meu filho aqui é outro nível! - digo fazendo cara de pouco caso.
- Ui, ela é outro nível! - diz Lucas com voz de deboche.
- Sou mesmo, você ainda vai ter que comer aqui oh - digo batendo o dedo na palma da mão - pra poder me ter!
- Mas só ai? não pode ser no corpo inteiro não?
- Lógico que não, seu tarado, pervertido, assanhado -  digo batendo nele com a almofada.
- Calma, eita menina brava... eu só tava brincando! - diz ele tomando a almofada de mim.
- Mel... - diz minha mãe.
- Oi?! - digo me virando pra trás.
- Vem se despedir do seu pai, ele já está indo em bora!
Graças a Deus, ele vai embora, obrigado senhor!
- Com todo prazer! - digo me levantando.
Fui até a sala de jantar onde a Vivian e meu pai estava.
- Tchau Vivian! - digo abraçando ela.
- Tchau Mel, foi muito bom te ver e juízo agora hein?!
- Eu sempre fui uma garota ajuizada! - risos.
- Tchau Pai! - digo dando um abraço nele. 
- Tchau Melissa, espero que você tenha muito, mais muito juízo mesmo! Fique sabendo que eu não gostei dessa história nenhum pouquinho!
- Ai pai, tá bom, tá bom!
- Ah! Se você quiser ir lá pra São Paulo ver quando o Marcos nascer, nos avisa que o seu pai vem te buscar! - diz Vivian.
- Ah pode deixar, aviso sim! - digo forçando um sorriso.
Só que não!
Depois fomos todos de volta pra porta da sala onde meu pai ficou encarando o Lucas durante alguns minutos e depois chamou ele até nós.
- Venha cá rapaz.
- Pois não?! - diz Lucas com uma cara de Sínico.
Eu não aguentava ver a cara que o Lucas fazia quando ia falar com meu pai, eu me segurava pra não soltar uma gargalha.
- Primeiro, se você tentar alguma coisa além do limite com minha filha o negócio vai ficar preto pro seu lado...
- Pai?! - digo indignada.
- Mel, deixa eu continuar por favor?
Eu apenas ergo as mãos.
- E outra, eu vou estar de olho em você...se acontecer alguma coisa com a minha filha, eu vou fazer você se arrepender de ter entrado nessa casa!
- Você não vai fazer nada Hélio! - diz Vivian puxando meu pai pra fora.
- Pode ficar tranquilo sogrão, não vou fazer nada de errado!
Meu pai ficou encarando ele e tentando acreditar que ele tinha chamado ele de "Sogrão".
- O que foi que você disse rapaz?
- Hélio, vamos pelo amor de Deus! - diz a Vivian puxando meu pai.
- Mas respeito comigo garoto, mas respeito hein! - diz meu pai apontando o dedo pro Lucas.
- Hélio, eu não vou te chamar de novo! - diz  Vivian exaltada.
- Fica com Deus filha! - diz meu pai me dando um beijo na testa.
- Tchau pai, tchau!
E meu pai entra no carro e sai encarando o Lucas. Eu achava que meu pai iria dar uns tabefes no Lucas, e ele não ajudava muito, ficava encarando meu pai e  fazendo cara de deboche, tinha que levar na cara mesmo.
- Lucas, não se preocupa ele só estava tentando te assustar! - diz minha mãe sentada no sofá.
- Eu acho que ele falhou na missão dele! - diz ele rindo.
- Eu tava vendo a hora dele te pegar pelo colarinho e te tacar na parede! - digo.
- Até parece que ele iria conseguir! - diz ele.
- Ah não? se viu o tamanho dele perto de você? - falo.
- Claro que não, eu corro!
- Mas é frocho mesmo! - risos.
- Mãe, eu vou lá fora com o Lucas! - digo abrindo a porta.
- Tá bom filha!
Eu e o Lucas saímos e ficamos sentados na calçada na frente de casa. Eu sinceramente, nunca me imaginava daquele jeito, com um namorado e além disso apresentado pros meu pais, eu sempre achava que isso era besteira que um dia o conto de fadas iria acabar e o príncipe iria virar sapo. Mas o Lucas é diferente, ele causa em mim uma montanha russa de sentimentos, fazendo eu ficar sem saber o que sentir, pensar e até agir. É a primeira vez que deixo de escutar a minha razão pra escutar meu coração, espero que ele não me decepcione.
- Meu pai vai pegar birra de você sabia?
- Que pegue, to nem ai pra ele! - diz Lucas sacudindo os ombros. 
- O que te deu na cabeça de chamar meu pai de "sogrão"?
- Queria ver ele bufando de raiva! - diz ele fazendo um bico meio largado.
- Você não tem jeito mesmo! - digo rindo.
Ficamos conversando durante algumas horas e depois o Lucas disse que precisava ir pra casa, então entrei. Quando subia as escadas pra ir ao meu quarto minha mãe me chamou.
- Mel minha filha, vem cá um estantezinho!- diz ela acenando com a mão.
- Oi mãe! - digo parando de pé na frente do braço do sofá de frente pra ela.
- Senta aqui - passando a mão no acento do sofá ao seu lado - eu quero conversar com você!
Ai meu Deus, lá vem. Eu fui e me sentei ao seu lado, ela me olhava com expressão de estar querendo me dizer alguma coisa mas não se sentia a vontade.
- Você gosta mesmo desse garoto, o Lucas?
- Toda vez que ele chega perto de mim meus pensamentos entram e colapso, então.. é eu gosto dele sim! - digo acenando com a cabeça - porque você está me perguntando isso?
- Porque além de preocupação de mãe, tem a questão de você ser magoada com seu pai pelo o que aconteceu comigo, não quero que você veja os mesmo defeitos do seu pai, no Lucas. As pessoas são diferentes e o caráter também, pelo o que eu vi, e olha que eu não me engano, o Lucas gosta mesmo de você, não tente comparar ele ao seu pai pelos defeitos e sim pelas qualidades a mais que ele tem do que seu pai. - diz minha mãe pegando na minha mão.
- Mãe, tá tudo bem! - digo colocando a outra mão sobre a dela - Eu já tive a prova disso!
- Prova?
- É!
Eu contei pra ela do que o Lucas tinha feito no colégio no intervalo e o que já estava acontecendo antes disso, ela ficou boquiaberta com as coisas que eu contei, mas não de surpresa pelas ações do Lucas e sim por eu ter finalmente deixado alguém se aproximar de mim. Mas na verdade eu não deixei, eu simplesmente fui obrigada a escutar meu coração já que ele gritava mais alto que meu cérebro. Eu gostava de conversar com minha mãe, era nessas horas que eu conseguia visualizar a minha mãe quando eu tinha nove anos e que brincava de boneca comigo e de casinha, hoje ela anda muito cansada, preocupada e sobrecarregada e momentos como esse aconteciam raramente.
Depois de contar tudo pra minha mãe subi para meu quarto, dei uma ajeitada naquela zona que eu insistia em chamar de quarto e fui fazer o dever de casa, que dizer, fui tentar fazer por que a cada palavra que eu lia dos textos de português eu lembrava como o Lucas era bobo e sínico e perfeito ao mesmo tempo e começava a rir sozinha. No final das contas, eu não sequer respondi uma questão das dez que tinha.
Desci para o jantar,  e conversei mais um pouco com a minha mãe enquanto jatávamos, depois tomei um banho e deitei na cama enquanto mexia nas minhas redes sociais pelo celular quando a notificação de um SMS chegou no meu celular, não tinha o numero salvo como contado, mas pela mensagem sabia exatamente quem era:
" Meu mô, boa noite... sogrão essa hora deve estar subindo pelas parede haha :x até amanhã!"
Preciso falar quem era o cidadão que havia me mandado a mensagem? Acho que não. Pensei em não responder aquele doido, mas respondi e aproveitei pra perguntar do Leandro.
" Boa noite meu maluquinho kkk você conversou com o Zoca? como é que ele tá?"

" Interessante ao invés de você me mandar que me ama, mada perguntando do meu irmão... Tá seeerto --' "

" Lucas, você não disse que me amava, porque eu diria que te amo? '-'  Anda me fala o que aconteceu com o Leandro, como que ele tá..."

" É... boa pergunta! kkk Ele tá com a mesma cara de bunda da de manhã, não quis me dizer nada além de 'eu tô legal cara' "


" E você não insistiu? Man que irmão desnaturado!"

"Se ele não quer falar o problema é dele, se ele quer ficar forever Alone pra sempre que fique! Eu vou é curti você!"

"Nosssaaa, educação e amor passou longe ai hein? '-' depois dessa eu vou dormi! Tchau."

Percebi que recebi mais umas duas mensagens mas não li elas. Que menino grosso, tadinho do Zoca, cara ele sempre é um amor comigo é natural que eu fique preocupada com ele, e aquela topera do Lucas consegue ser frio e grosso. Coloquei meu celular no criado mudo ao lado da minha cama e e fui dormir.

Os dias foram se passando, eu e o Lucas estavam cada vez mas "apaixonados" pelo outro. Apaixonados entre aspas, porque não sei ao certo se ainda o amo, confesso que sinto um bem estar excepcional quando estou com ele, eu sinto que ele me completa mas não é o suficiente para que eu dissesse "Eu te amo". Ele já me disse algumas vezes que me amava e apenas respondi com um sorriso. Dizer "eu te amo" para alguém é uma forma de dizer como ela é importante, como se algo tivesse mudado o seu jeito de ser, é a foma mais singela de provar que o amor existe , mas hoje em dia as pessoas se conhecem a menos de uma semana e já estão dizendo que as amam. Na verdade hoje ninguém sabe realmente como é amar de verdade alguém e dizer "eu te amo" é uma coisa banal, que só serve pra complementar aquele clima, mas eu insistia que só iria declarar o meu amor pelo Lucas quando realmente tiver certeza do meu sentimento, até lá apenas o sorriso  dá conta do recado.
Faltavam apenas um dia para o nascimento do Marcos , o meu irmão por parte de pai, que havia sido agendado para o dia doze de Novembro. Meu pai insistia pra que eu fosse pra São Paulo pra pelo menos ver ele quando ele nascesse, mas eu não queria deixar minha mãe e nem ao Lucas, mas a insistência foi tão grande que minha mãe passou a me obrigar a ir pra São Paulo ver esse moleque. Eu iria depois de amanhã e ficaria três dias lá. Uma tortura. Mas se eu não for meu pai morre!
Eram 4H35 quando o Lucas apareceu na minha casa, eu estava dormindo, então estava absurdamente bagunçada, de shorts de tecido de um pijama que eu usava aos dez anos que em mim agora parecia praticamente uma calcinha box, camiseta baby look branca de tão velha quase transparente e descalça com o cabelo num coque e como sabia que era o Lucas pelos berros da minha mãe desci as escadas e fui até a sala daquele jeito mesmo. 
- Meu Deus que cara de sono! - diz ele me olhando assutado.
- Quem foi dormi as três da manhã arrumando malas e depois acordou as seis pra ir pro colégio não podia estar diferente, né não? - digo chegando perto dele.
- Malas? Pra onde você pensa que vai mocinha?
- O cabeça de vento, eu não te disse que ia pra São paulo passar três dias lá pra conhecer meu irmão? - digo apertando as bochechas dele fazendo que seus lábios formassem um bico.
- Ah é... você disse! - diz ele com a voz oca por causa de eu estar segurando o bico.
- As vezes sua lerdeza me deixa louca! - digo dando um selinho rápido e soltando suas bochechas.
Deixo ele em pé e vou me sentar no sofá.
- O que me deixa louca é essas suas roubas totalmente insinuantes! - diz ele sentando ao meu lado.
O Lucas tinha aquele olhar que eu não sabia se ria de tão tosco ou se voava pra cima dele de tão penetrante.
- Menino, insinuantes o que?! isso aqui se chama roupa de dormir  SOZINHA! - digo colocando uma almofada sobre meu colo.
- Então prazer Melissa eu lhe apresento - diz ele puxando a camisa pra frente - a roupa de dormir JUNTOS!
Eu ri.
- Menino, me respeita - taco uma almofada nele - eu sou uma garota de respeito!
- E eu disse que não era?
- Não disse, mas quis dizer! - digo encarando ele.
- Mel, não coloque palavras na minha boca - chegando bem rente a mim - coloque a sua boca na minha boca!
Antes que eu retrucasse ou até mesmo pensasse o que fazer ou falar ele voou pra cima de mim pegando na minha nuca fazendo que eu arrepiasse enquanto me beijava lentamente. Alguns segundos depois fui escorregando e acabei ficando deitada no sofá com ele sobre mim e quando ainda estávamos se beijando minha mãe apareceu na sala limpando a garganta.
-  Melissa!
Em questão de milésimos o Lucas saiu de cima de mim e sentou do outro lado do sofá, me endireitei  no sofá e olhei pra ela por cima do encosto do sofá em direção a entrada da sala de jantar.
- Oi, mãe...
- Seu pai! - diz ela estirando telefone sem fio em minha direção.
Eu me levantei retomando o ar, e fui em direção a ela que me olhava com um olhar como se quisesse me dizer " Eu vi, toma jeito menina" eu peguei o telefone olhando pra ele com os lábios lirados pra dentro e atendi o meu pai.
- Oi?!
- Tudo bem filha?
- Tudo ótimo pai!
- Que bom e o malandro do Lucas como anda se comportando? Tentou alguma coisa?
Olhei em direção ao Lucas que me olhava com uma cara de sem vergonha e soltei uma risada breve.
- Anda sendo tipicamente ele!
- Já arrumou suas malas? Sua passagem já foi retirada? Entendeu direitinho como vai fazer pra embarcar?
Meu pai não iria me buscar como prometido, como se ele cumprisse alguma promessa feita na vida, e estava morrendo de medo que eu entrasse em um voo direto pra o Paquistão ao invés um voo pra São Paulo.
- Já, Já e entendi!
- Vou estar no aeroporto te esperando quando chegar!
- Tá bom, pai!
- Agora eu preciso desligar, beijo querida, te amo.
- Beijos.
 E desliguei o telefone e o larguei sobre a mesa do abajur da sala ao lado do sofá. Me sentei novamente ao lado do Lucas encostando minha cabeça no seu ombro.
- Por incrível que pareça, eu vou sentir sua falta! - digo.
- Por inacreditável que pareça eu também! - diz ele tirando minha cabeça de seu ombro e colocando seu colo.
- Mas calma, são apenas três dias! - diz ele enquanto enroscava seus dedos entre meus cabelos.
- Três longos e chatos dias!
- Eita, mas já reclama de tudo, mas se nem sabe o que vai encontrar por lá pra se distrair! - diz ele.
- Eu sei sim, um garoto loiro de olhos azuis, corpo replicado do corpo do Deus Thor e que irá me distrair a noite toda! - digo rindo.
- Engraçadinha demais pro meu gosto... nem se atreva! - diz ele com tom de ciúmes.
Apenas comecei a rir. Depois de alguns minutos o Lucas se despediu e voltou pra casa e eu fui ajudar a minha mãe a preparar o jantar.

(Continua...)

Heeei *0* demorou mais saiu kkkk olhai, capítulo com passagem de tempo, Marcos pra nascer, Lucas safadinho ataca novamente, e ainda me pergunta: E o Zoca? o Zoca será uma noticia que merece um capitulo inteiro, então apenas continuem lendo que saberão o que é! Espero que gostem desse capitulo.

Obrigada pelos 5 comentários onde pedi 3... Agora são 4 comentários para o próximo capítulo.

Beijinhus ;*


4 comentários: