domingo, 3 de novembro de 2013

Fanfic Lucas Lucco - Um Pedaço de Mim - Capítulo 14

(...)

Acordei as 6H00 no dia da viagem pra casa do meu pai, o voo sairia as 11H00, por isso a questão da minha mãe entrar dentro do meu quarto já abrindo a janela, me descobrindo.
- Bom dia Mel, vamos levantar?
- Mãe hoje que eu saiba é sábado, esqueceu do nosso trato? Sábado, é só meio dia! - digo colocando o travesseiro no rosto.
- Não esqueci, mas hoje você vai pra São Paulo!
- Af, vou não! - virando pra parede.
- Ah vai sim - diz ela me puxando - vamos levanta, Melissa!
- MAS QUE SACO! - digo me levantando.
Me levantei, entrei no banheiro tomei um banho, e coloquei a roupa mas jogada que eu tinha pra sair: calça jeans com as barras sobradas até a panturrilha, camisa baby look preta, uma alpargata preta com branco. Fui conferir os documentos pra ver se não estava esquecendo nada e desci com a mala pra sala. 
Enquanto tomava café da manhã o meu celular vibrou, fui olhar era uma mensagem do Lucas.
" Abrir a porta não custa nada, sabia?"
Eu me levantei da banqueta da cozinha e fui até a porta e abri e o Lucas já estava lá.
- Oh menino você não dorme não? - pergunto esfregando os olhos.
- Bom dia pra você também!
- Bom dia! - digo dando um selinho rápido nele.
Eu abro a porta pra que ele entre.
- Você não parece estar feliz em ver seu irmão! - diz ele sentando no sofá.
- E porque eu estaria feliz? - digo parando na frente dele.
- Porque é muito bom ter um irmão, se não vê eu e o Zoca? - diz ele me puxando pela cintura pra perto dele.
- Mas vocês são diferentes, vocês moram juntos, os seus pais são casados é totalmente diferente!
- Mesmo assim... para de ser implicante garota, você reclama das coisas antes de saber como é!
- Hum. - faço cara de bunda.
- Você fica linda com essa carinha de emburrada! - diz ele me puxando e fazendo que eu caísse em cima dele.
- Lucas, para!
- Mas eu não tô fazendo nada! - diz ele.
- Mas para, antes que comece!
- Meu deus do céu, você sabia que o horário matinal não te faz bem?!
- Sabia! - digo saindo de cima dele.
Eu volto até a cozinha e pego minha caneca onde estava tomando leite e volto pra sala e sento ao lado do Lucas.
- Que horário é seu voo? - pergunta ele.
- Onze.
- E porque você já tá acordada?
- Minha mãe.
- Será que você poderia me devolver a Melissa que eu conheço?
- Não dá, ela se enforcou por não querer ir pra casa do pai dela!
- Credo Mel, vira essa boca pra lá!
- As vezes me dá essa vontade, mais ai eu penso que minha mãe já sofreu demais.
- Mel o que tá acontecendo?
- Meu pai é um tremendo idiota!
- tá, dessa parte eu já sei, mas e o que te fez ficar assim?
- Ontem eu vi minha mãe se entupindo de  anti-depressivos, e por causa de quem? do meu pai e como você quer que esteja feliz por estar a caminho da casa do responsável da minha mãe estar propensa a ficar dependente de medicamentos tarja preta?
- Você já pergunto pra ela a quanto tempo ela toma?
- Ela acha que eu não sei, mas no dia que eu fui no parque eu acabei esbarrando na caixinha dela que caiu no chão e esparramou todos os remédios no chão e quando meu pai veio pra cá, no dia da festa da Rayla, minha mãe tava chorando no quarto sem motivo algum.
De repente toda aquela raiva que eu estava sentindo pelo meu pai começou a se transformar por medo de perder a minha mãe.
- Lucas, eu não quero perder minha mãe! - digo com os inundados por lágrimas.
- Calma meu amor, você não vai perder ela - diz ele me abraçando.
- Eu tenho medo de que ela faça alguma besteira enquanto eu estiver lá. - digo abraçando ele com força.
- Eu prometo ficar de olho nela, não vai acontecer nada.- diz ele me olhando no fundo dos meus olhos - não chora, por favor! - diz ele secando meu rosto.

Ficamos conversando ali até o horário da minha mãe me levar ao aeroporto e o Lucas resolveu ir junto pra piorar a minha situação. Chegamos lá por volta das 10H35, fiz o check-in e fiquei esperando a hora de embarcar. Minha mãe ficava andando pra lá e pra cá como se eu fosse me mudar pra São Paulo e  nunca mais ver ela, o Lucas segurava a minha mão.
A pior parte de tudo aquilo é que eu não conseguir me desligar um só segundo da minha mãe.
Na hora que foi anunciado pra que os passageiros embarcassem, me levantei e olhem em direção a minha mãe estendendo os braços, ela me olhava com preocupação.
- Vem mãe me abraçar!
- Oh minha filha, vai com Deus, toma cuidado, quando chegar lá vai direto no seu pai e me liga quando chegar! - diz ela me abraçando.
- tá bom mãe!
Eu olho pra ela e vejo que ela estava preste a chorar.
- Calma mãe eu volto depois de amanhã!
- Eu sei, mas sabe como é mãe, chora por tudo!
Eu sou um sorriso e a beijo na testa.
- Eu te amo!
Depois de me despedir da minha mãe eu vou e me despeso do Lucas.
- Beleza, e eu não mereço tchau! - diz ele.
- Tchau coisa!
- Ah que lindo, eu amo você também! - diz ele.
- Bobo! - digo sorrindo.
Eu dou um breve beijo nele e depois subo a alça da mala e vou em direção ao portão de embarque, quando chego perto eu me viro pra trás e vejo os dois com carinha de cachorro abandonados e aceno.

Já dentro do avião, me sentei na poltrona indicada. Era uma da janela, em cima da asa do avião, ao meu lado se sentaram uma garotinha e um homem que aparentemente era o pai dela,  viagem duraria uma hora e trinta minutos. Durante a viagem eu escutava aquela garotinha que aparentava ter uns cinco anos conversar com o pai dela.
"papai, você viu o desenho que eu fiz pra mamãe?" " Não querida, deixa o papai ver" ela tirou do bolso uma folha sulfite rosa e entregou para o pai "Que lindo meu amor, foi você mesmo que fez?" "Foi papai, olha aqui você, a mamãe e eu" ela ia mostrando com os pequenos dedinhos cada pessoa no seu desenho. Aquilo me fez me lembrar de quando minha família não era só eu e minha mãe, de quando eu via meu pai como um exemplo, como um super- herói que afastava os monstros que vivia debaixo da minha cama e que jurava nunca me abandonar. Comecei a deixar algumas lágrimas escorem quando o resto do Oceano veio abaixo.
- Moça, porque você tá cholando? - diz a menina me olhando.
- Eu não tô chorando não - digo olhando pra ela e enxugando as lágrimas com as costas da mão.
- Cadê sua mamãe?
- Ela está em casa! - digo forçando um sorriso.
- Samanta! - fiz o pai dela puxando -a - Me desculpa!
- Não foi nada! - digo.
- Quer ver meu desenho? - diz ela.
- Quero!
Ela pegou o papel de cima do colo de seu pai, ficou de joelhos na poltrona e me entregou.
- Que lindo!
- É o meu papai, minha mamãe e eu! - diz ela toda empolgada.
- Parabéns, você vai ser desenhista?
- Não não, vou ser médica pra curar a mamãe!
- Sua mãe tá doente? - pergunto sem medir as palavras.
- Samanta, senta direito! - diz o pai dela.
Eu fico só olhando enquanto segurava o desenho. Depois de ela se sentar eu entre o desenho dela.
- Seu desenho!
Ela pegou o desenho e o guardou no bolso novamente.
- A mãe dela está internada em São Paulo! - diz o pai da garotinha.
- Mas está tudo bem?
- Estável, estou levando ela pra vê-la! - ele passando a mão no cabelo da garotinha enquanto ela brincava com o copo de plástico.
- Vai ficar bem! - digo deixando uma lágrima escorrer.
Eu era a melhor das melhores em não conseguir segurar as lágrimas dentro dos olhos.
Pousamos as 12H25 no aeroporto de Congonhas, quando cheguei no saguão do aeroporto a garotinha passou correndo por mim e logo depois o pai dela que a pegou no colo. Ela virou pra mim e acenou com sua pequena mãozinha.
- Tchau, moxa!
Eu apenas sorri e acenei de volta. Ao chegar onde meu pai estaria percorri o lugar todo com os olhos mas não encontrei, só encontrei o motorista do meu pai, seu Fernando, com uma plaquinha com meu nome nela. Meu pai não cumpriu mais uma promessa. Novidade! Cheguei até o Fernando e o cumprimentei.
- Oi!
- Melissa, como você tá grande! Nem parece mais aquela pirralhinha que eu levava pro parquinho!
- Já eu não posso dizer o mesmo, Nando, você continua exatamente o mesmo!
- Opa, quer dizer que eu continuo jovem? - diz ele pegando minha mala.
- Eu ia dizer, exatamente o mesmo chato de galocha, mas jovem também serve!
Os dois rimos e fomos para o carro. No caminho informei o Nando de tudo que tinha acontecido quando mudei pra Goiânia: A Dyana, o colégio e claro o Lucas. Ele ficou surpreso mas também me surpreendeu com uma noticia inacreditável, ele tem um filho! COMO ASSIM PRODUÇÃO? o Nando era completamente alérgico a qualquer tipo de contato com criança, a não ser eu, claro. E outra ele deve ser lindinho, deve ter uns oito ou nove anos pelas minha contas e se puxou os olhos verdes do Nando, own.
Quando chegamos no prédio do meu pai, parecia que eu estava voltando aos meus nove anos de idade onde eu e mais duas amigas minha a katarina e a Luma, uma morava na cobertura e a outra morava na casa de uma família com a mãe dela que era empregada doméstica, que subíamos e descíamos as escadas sem cansar. Espero que elas ainda estejam aqui, queria vê-las.
Ao entrar no apartamento encontrei meu pai afundado em meios de papéis, falava ao celular como um doido, parei em sua frente e acenei com a mão pra que ele me visse.
- Oi Querida - tapando a entrada de som do celular - pera só um segundo que eu já converso com você!
Eu olho em direção ao Nando com aquela cara que eu sempre fazia quando era ignorada, ele sorriu e depois pegou minha mala do chão.
- Vem, seu quarto ainda é o mesmo! - diz ele entrando no corredor onde levava aos quartos.
Espero que ele tenha se referido ao cômodo seja o mesmo, pensou eu chegar no meu quarto antigo e ter uma cama de criança e cheios de Barbies? Meu Deus! Mas para meu alívio me quarto tinha sido reformado e era um quarto de hospedes, menos mal. Coloquei a mala em cima da cama me troquei e voltei pra sala, meu pai já tinha terminado com a ligação.
- Minha filha vem cá me dá um abraço! - diz meu pai com os braços abertos de pé.
Fui na direção pra abraça -lo.
- Estou super feliz que você aceitou vir pelo menos conhecer ser irmão Marcos!
Eu apenar dei um sorriso, obviamente que foi falso, porque eu não estava nenhum pouquinho feliz por estar ali.
- Falando nele, cadê esse moleque? - digo.
- Olha o amor de irmã já brotando! - diz nando comendo uma maça.
- O tempo passou ais você não deixou de ser enxerido, né nando? - digo rindo.
- E nem você deixou de ser respondona... estamos kits! - Risos.
- Ele está lá no quarto com a Vivian.. vem eu te levo lá! 
Quando cheguei no quarto a Vivian segurava ele no colo e abriu um baita sorriso ao me ver.
- Mel você veio! - diz ela toda entusiasmada.
- Claro, eu não disse que vinha... minhas promessas eu cumpro! - digo
- Epa, a indireta foi pra mim? - pergunta meu pai.
- Se a carapuça serviu! - digo.
- Vem aqui ver seu irmãozinho... - diz Vivian descobrindo um pouquinho o Marcos.
Eu me sentei ao lado dela na cama e me deparei com um projeto de pessoa, meu Deus como ele era tão pequenininho, tão frágil e tão inocente sem saber em que família ele foi amarrar o burro dele. 
- Own meu deuzu como ele é lindo! - digo colocando o dedo indicador na palma daquela mãozinha minuscula.
- Quer segurar ele? - pergunta Vivian.
- Ai, eu acho melhor não! - digo franzino o nariz.
- Por que não?
- Porque eu sou muito desastrada, eu não levo jeito pra essas coisas!
- É simples ó...
A Vivian pegou o Marcos e colocou nos meus braços, eu estava me sentindo como se estivesse segurando a razão da vida da Vivian nos braços e que qualquer hora ia acontecer um desastre, mas até que pra irmã de primeira viagem eu estava me saindo bem! Nenhum choro, nenhuma movimentação brusca e nenhuma careta.
- Olha ai, viu como é fácil? - diz Vivian.
- É.. ele é quetinho assim mesmo? - perguntei.
- Mas ou menos, mas ele já reconheceu a irmã mais velha e ficou quetinho! - respondeu ela.
- Marcos, tô começando a gostar de você, espero que você não me dê trabalho! - risos.
Quando eu acabei de falar ele começou a fazer careta e começou a chorar.
- Eita, que tava demorando! - digo entregando ele pra Vivian.
- Não é com você não Mel, é que tá na hora del mama!
- AH, então vou deixar vocês dois ai curtindo o momento "mamãe e bebê" e vou lá pro quarto... vou ligar pra minha mãe e pro Lucas!
- Ah, depois a gente vai conversar sobre a senhorita e  senhor Lucas, quero saber de tudo o que aconteceu! - diz ela.
- Tudo bem - sorriso.
Voltei para o meu quarto e liguei primeiro pra minha mãe, avisei ela que tinha chegado bem, que o meu pai tinha quebrado mais uma das centenas de promessas feitas, que o Marcos era super lindo e que estava bem, depois liguei pro Lucas falando as mesmas coisas e reforcei pra que ele ficasse de olho na minha mãe e qualquer coisa me ligasse. Notícias dadas fui pra sala descansar pois depois queria ver se encontrava a Luma e a Katarina de novo.

(Continua...)


Aeeeeeeeew \õ mais um capítulo :3 demorei dessa vez porque estava esperando os 4 comentários e olha que bonitinho, teve os 4 Own kkkkk então e essa Melissa que acorda igual uma cavala? armaria kk Lucas  ama demais ela pra aguente isso, tbm n é pra menos a mãe escondendo que tomava remédio controlado pra depressão, até eu. Sério a garotinha do avião fez até eu chorar kkkk inocencia de uma criança muda tudo. Falando em criança eu acho que a Mel  está completamente fascinada pelo  Marcos o que vocês acham? hahaha

4 Comentários para o 15° Capítulo!

Beijinhuuus ;*






6 comentários:

  1. Eu aqui em plena 4hrs da madrugada/manha querendo ler tua fanfic, mais não tem cap novo o jeito é começar a ler tudo de novo, néh?!?
    Então tipo assim eu acho que cê podia postar 2 capítulos, assim so acho mesmo... =)

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