Capítulo dedicado à Ana Caroline Almeida, Mariana Vieira e Ingrid Mila.
(...)
Quando cheguei em casa tomei um banho gelado, pois o dia estava quente e depois deitei na minha cama de costas olhando para o teto. Minha vida andava muito sem sentido, não tinha o que fazer, não tinha o colégio mas pra passar o tempo com meus amigos, minha vida andava exatamente um breu. Comecei a mexer no celular e quando entrei nas mensagens comecei a ler todas que o Lucas me mandava antes de dormir, foi me dando um desespero sem fim quando sem querer apertei na opção "ligar" e começou a chamar, pensei em desligar mas preferi pelo menos escutar a voz dele atendendo o telefone, mas a ligação acabou caindo na caixa postal me deixando pior do que já estava. A minha vontade era de tomar todos os comprimidos de todos os tipos de efeitos para entrar em coma e não precisar passar por tudo isso que vai me esmagando cada vez mais, mas não seria uma atitude tão inteligente assim.
As horas em casa pareciam não passar nunca, não havia nada, exatamente nada pra eu fazer e o que tinha não me satisfazia então liguei pra minha mãe pra ver se ela conhecia alguma coisa nessa cidade pra fazer, porque eu já estava entrando em depressão.
- Fala meu anjo - diz ela atendendo o telefone.
- Como tá o trabalho?
- Ótimo, todo mundo mundo simpático aqui, amanhã eu te trago aqui.
- Tudo bem mãe.
- Aconteceu alguma coisa? - pergunta ela preocupada.
- Esse o problema, não acontece nada ... mãe eu tô ficando louca aqui sozinha. - digo.
- Faz o seguinte, se arruma que já já eu chego e a gente dá uma passadinha no shopping, pode ser?
- Melhor do que nada.
- Daqui uma hora mais ou menos eu tô chegando em casa.
- Tá bom.
Eu desliguei o celular e fui tomar um banho e me arrumar e fiquei aguardando a minha mãe. Como ela disse uma hora depois ela chegou apenas tomou um banho e saímos, no carro ela me contava com tinha sido o primeiro dia dela como gerente da FS e AGT produções.
- E como foi seu primeiro dia ? -digo.
- Muito bom, já temos centenas de produções para ser feitas... amanhã você vai ver como o pessoal lá é super jovem e simpáticos.
- Sorri - Que bom que as coisas pra você dá dando certo! - digo
- Porque, pra você não?
- Pergunta retórica essa, mãe.
- As coisas ainda vãos e encaixar!
- Mas sempre vai faltar uma peça - digo tocando com as pontas dos dedo na corrente que o Lucas havia me dado.
- Tá afim de fazer o que? Cinema ou compras?
- Não pode ser os dois?
- Dessa vez pode. - diz ela sorrindo.
Chegamos em shopping Iguatemi, fomos primeiro no cinema assistimos um filme de comédia porque nada que tivesse romance no meio iria ajudar as coisas, saímos da sala do cinema as oito e quinze da noite, então fomos andar vendo as vitrines se encontrávamos alguma coisa que nos agradasse, quando eu reparei em uma loja de calças jeans um cartaz anunciando uma festa, me interessei já que não aguentava mais ficar sem fazer nada.
- Mãe, olha... - digo apontando para o cartaz.
- O que?
- O cartaz de uma festa.
- Ah sim, quer ir?
- Não sei ainda.
- Se você quiser eu te levo até o local.
- Será que não tá muito cedo mãe? - digo me referindo ao Lucas.
- Ele não disse que era pra você seguir a sua vida?
- Disse, mas...
- Mas nada, vem.. - diz ela me puxando para dentro da loja.
Ela fez questão de pagar o contive da festa, que por sinal estava os olhos da cara, pois a festa seria no mesmo dia mais a noite e me fez passar em outras lojas para comprar roupas e sapato para ir. Minha mãe quando ela quer ser louca ela consegue superar as minhas expectativas. Voltamos para casa quase dez horas, a festa estava marcada para começar a meia noite, eu estava meio confusa em relação a entrada na festa já que eu ainda era menor de idade até o mês de Maio e a festa era apenas para maior de dezoito anos, mas foi ai que vi vantagem no trabalho da minha mãe, por ela trabalhar como produtora ela conhecia praticamente quase todos os produtores e produtoras do país, e sem problemas nenhum eu entraria na festa e se duvidar de camarote. Tomei outro banho enquanto minha mãe preparava alguma coisa pra comer, me arrumei e fui atrás dela na cozinha.
- Mãe.. - chamo ela.
Ela se vira pra mim e leva um susto.
- Meu Deus...- diz ela colocando a mão no rosto - A quanto tempo eu não te vejo assim...
- Assim? Feia?
- Que as feias fossem igual a á você, minha filha como você está linda!
- Mãe, é obrigação você me achar linda! - digo sorrindo.
- Pra você entender como você está bonita, a última vez que te vi assim foi na sua formatura.
- Ai mãe, faz um mês só.
- Para uma adolescente da sua idade, isso é inaceitável. - diz ela.
- O que?
- Ficar sem sair, sem se arrumar desse jeito por um mês.
- Mãe, eu acho que você é a adolescente dessa casa e eu a adulta. - digo sorrindo.
- Que horas são?
- São.. - pego meu celular de dentro da carteira de mão - onze e quarenta e cinco.
- Nossa, vamos que eu te levo até lá.
Ela enxuga a mão pega as chaves do carro e a bolsa e descemos para a garagem quando vejo uma montana ao lado do carro da minha mãe se preparando para sair também, eu me aproximei da porta do passageiro e quando ia abrir escutei alguém falar comigo.
- Hei moça...
Eu me viro para trás e me deparo com o Christopher, acho que é esse o nome, na direção da montana preta, eu olho meio confusa até me certificar que era ele mesmo.
- Christopher? - digo.
- Melissa! - diz ele abrindo um sorriso.
Percebi que minha mãe ficou nos observando.
- Você está saindo? - diz ele.
- É... vou em uma festa na... na.. na onde mesmo mãe? - digo olhando pra ela.
- No Evidence.
- É aí mesmo... - digo sorrindo.
- Na festa do ouro?
- Acho que sim.
- Que coincidência, eu também... Quer carona?
- É.. é... eu não sei.
- A Mariana e a Ingrid estão me esperando. - diz ele apoiando o braço na janela.
- Quem? - pergunto confusa.
- As duas meninas do dia da mala.
Eu sorri lembrando da cena de eu caindo no chão de bunda, parecendo uma pata.
- Prometo te trazer inteira de volta. - diz ele sorrindo.
Eu olhei pra em direção a minha mãe sem saber o que fazer, eu ainda estava em dúvida.
- Por mim tudo bem. - diz ela mexendo nas chaves.
Eu pensei que minha mãe estaria cansada do dia do trabalho e que mas tarde ela teria que ir me buscar no meio da madrugada e não achei isso justo.
- Tudo bem, eu aceito sua carona. - digo.
Ele sorriu.
Eu me despedi da minha mãe e ela me desejou boa noite e voltou para o elevador. Percebi que assim que me virei em direção ao carro dele, ele estava encostado na traseira da montana de braços cruzados me olhando fixamente.
- Que foi? - pergunto meio assustada.
- Você e sua mãe, são bem companheiras uma da outra né?
- Já deu pra perceber isso? - digo franzino o nariz.
- Aham.
-As vezes eu não gosto muito disso não - digo me encostando ao lado dele.
- E porque não?
- Sei lá, tem horas que ela parece ver mais adolescente do que eu.
- Adolescente? - diz ele me olhando com cara de assutado.
- É.
- Não vai me dizer que você é menor de idade.
- Não não, sou adolescente de quarenta e oito anos. - digo com voz de deboche.
Começamos a rir.
- Engraçadinha você né?! - diz ele.
- Você não viu nem um terço... - sorri - mas iaí você me ofereceu uma carona e estamos conversando aqui.
- Pois então vamos.
Ele passou por mim e me levou até a porta do passageiro e ele fez questão de abri-la, eu entrei e logo em seguida ele também. No caminho ele foi me contando um pouco da vida dele, a vida dele era praticamente a minha, só morava com o pai, fazia faculdade de medicina e era três anos mais velho que eu, tá eu estava equivocada a respeito de quando ele disse "homem" , mas é porque ele tem cara de novinho, o que eu ia pensar?!
Estávamos conversando quando o celular do Christopher começou a tocar, ele tirou do bolso e estendeu em minha direção.
- Atente pra mim? - diz ele.
- Eu? - olho assustada.
- É, eu não posso eu tô dirigindo.
- Mas, eu nem te conheço direito pra atender seu celular.
- Você conhece de mim o que devia conhecer, não é ninguém importante é a Mariana.
- E eu falo o que? - Pegando o celular.
- Que a gente tá chegando.
Eu atendi a ligação.
- Alô? - digo olhando para o Christopher.
- Quem é?! - diz uma voz feminina meio confusa.
- É.. é uma amiga do Christo...
- Fala Chris... - diz ele me interrompendo.
- Uma amiga do Chris. - concluo.
- Tanto faz, avisa ele que eu e a Ingrid estamos entrando no camarote.
- Tudo bem.
Eu desligo o celular e estico em direção a ele.
- Ela disse que ela e a Indrid estão entrando no camarote.
- Acho que vamos ter que ficar fora da lei hoje. - diz ele rindo.
- Fora da lei?
- Claro, bebezinho não entra em camarote open bar. - diz ele fazendo um bico que lembrava bastante o do Lucas.
Eu olhei pra ele como se fosse fuzilá-lo com o olhar.
- Eu não sou um bebezinho! - digo mordendo os dentes.
- Eu poderia ser preso por pedofilia, um marmanjo de vinte anos levando uma menor de idade pra uma festa proibida para menores de dezoito anos, vô te falar viu. - diz ele tirando sarro da minha cara.
- Nossa cara, como você é radical! - digo entrando na brincadeira.
Rimos.
Alguns minutos depois chegamos no local da festa, era uma casa noturna bem conhecida pelo o que o Christopher havia me falado, tinha bastante gente e por isso foi quase impossível achar uma vaga para o carro, então ele acabou deixando dois quarterões para baixo da entrada da casa noturna. Quando desci do carro percebi que a rua que teríamos que subir era toda de paralelepípedos que eram inimigos do meu salto alto, nos dois primeiros passos eu conseguir me equilibrar, mas no terceiro torci o pé e caí me apoiando no Christopher que logo me segurou com as duas mãos.
- Você está bem? - diz ele me olhando preocupado.
- Ai meu tornozelo. - digo tocando no pé que havia torcido.
- Vem cá..
Ele passou meu braço por trás do pescoço dele e depois me pegou no colo, me levou até o carro novamente e me sentou no banco do motorista, ele ficou abaixado na altura do meu pé e colocou meu pé em cima dos seus dois joelhos.
- Vamos ver o que deu aqui... - diz ele tirando meu sapato.- Tá doendo? - diz ele inclinando meu pé para frente.
- Não.
- E agora? - diz ele puxando o meu calcanhar para trás.
- Só um pouco.
- Só tá dolorido um pouquinho, pelo jeito que você caiu... daqui uns quinze minutinhos passa. - diz ele colocando meu sapado novamente.
- Mas e a festa?
- Escuta... - diz ele acenando com o dedo - Não começou ainda!
Ele se levanta e fica encostado na porta do carro aberta.
- Até que pra um marmanjo de vinte anos que leva uma menor de idade para uma festa proibida para menor de dezoito anos, você se preocupa bastante comigo.
- Vou entender isso como um obrigada! - diz ele rindo.
Depois de alguns minutos meu pé havia parado de doer então fomos em direção a casa noturna, por precaução, nada além de precaução, eu fui agarrada nos dois braços dele me apoiando até chegar no asfalto. Assim que chegamos na frente da Evidence entramos em uma fila para poder entrar, eu me sentia como se todo mundo ali sabia que eu tinha dezessete anos.
- Quando chegarmos lá na frente você pega na minha mão! - diz ele me olhando.
- Porque eu faria isso?
- Se você quiser entrar você faz isso, se não vai ficar mas difícil.
A fila foi diminuindo até chegar a nossa vez e assim que os seguranças pediram a identidade o Christopher começou a desenrolar uma história inacreditável.
- Olha cara ela tá comigo, minha garota... Eu não posso falar com seu superior?
- Sinto muito, mas ela não vai poder entrar. - diz o Segurança.
- Por favor chama seu superior pra mim. - diz ele.
- Não vai adiantar, a lei é clara.
- Eu não perguntei da lei, perguntei? Então vá chamar o seu superior agora! - diz ele com uma voz mais intimidadora.
O segurança pediu para que outro segurança ficar no lugar dele enquanto ele fosse chamar o tal superior dele. Depois de alguns minutos o segurança aparece com homem aparentando uns vinte e nove anos que logo reconheceu o Christopher.
- Fala ai Christopher... - diz o cara cumprimentando ele.
- íai cara...
- Tá sumido!
- Pois é.. Pedro, você não me dá uma ajuda aqui? - diz ele fazendo sinal em minha direção.
- humm... menor? - diz o cara me olhando.
- É, primeira vez na casa.
- Ah, então espera aqui um pouquinho, que eu já volto. - diz o cara entrando na casa noturna.
- Pronto, agora ele vai te trazer uma pulseira cortesia e você vai entrar sem problemas nenhum! - diz ele me olhando e sorrindo.
Logo o tal de Pedro apareceu com duas pulseiras cortesias que dava direito a todos os serviços da casa, inclusive á bebida. Não tinha entendido o sentido dele saber que eu era menor de idade e mesmo assim me dar um passaporte para a embriaguez.
- Pronto, só não abusa! - diz ele colocando a pulseira em meu pulso.
Ele retirou o gancho da corrente, que impedia passar para o lado de dentro, dando acesso para a gente. O som já estava alto, muita gente e a maioria com copos florescente cheios de bebidas, o Christopher pegou firme em minha mão e começou a me puxar fazendo zig-zag entre as pessoas até chegarmos a entrada do camarote, que apenas precisamos mostrar a pulseira cortesia para entrar.
(Continua...)
Eai meu Loves <3 o capítulo demorou, pq passei o final de semana todo odupada :/ mais tá ai... dedicado á três gatenhas. hahaha Esse Christopher cheio dos paranauês? eitaaa kkkkkkkkkk eu particularmente acho ele fofo : 3 kkkkkk mas o que será que vai rolar nessa festa? é a primeira vez que ela vai numa casa noturna pra esse tipo de festa. ai ai ai mds. kkkk
6 capítulos para o capítulo 35 *-*
Beijinus ;*
Hummmm o que sera que vai rolar nessa festa hein? Kkkk to amando
ResponderExcluirAaaaah maais mais mais '
ResponderExcluirFaaz mais please :$
ResponderExcluirMaiiiisss... ç.ç
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