No dia seguinte, o Lucas veio em casa e conversamos sem brigar. A tarde coitamos pra ele o que a Dy estava grávida do crápula de Goiânia, ela não se sentiu a vontade de contar isso pra ele, deve ser porque ela sabia de exatamente tudo que tinha acontecido com ela e era meio constrangedor, o Lucas também congelou na exato momento que ela disse "Eu tô grávida" ele ficava repetindo a cada três fases que ele falava "Você tem certeza que é dele?" como se não acreditasse, ele também disse que que ajudaria ela.
Um mês se passou, consegui convencer a Dyana a começar um pré-natal, o Lucas sempre perguntava dela, minha mãe deixou que ela ficasse de vez, os pais dela continuaram fingindo que ela não existia, depois daquele dia a Marcela não ligou mais nenhuma vez se quer pra perguntar se ela estava bem ou precisava de alguma coisa, uma atitude cretina de abandonar a filha no momento que ela mais precisava da ajuda deles.
Quando a noite caiu e o jantar já estava pronto fui atrás da Dy no quarto que estava arrumando algumas coisas no guarda-roupa, eu me aproximei da porta e abri uma pequena frecha e me de parei com a Dy se olhando de perfil no espelho com uma mão segurando a blusa e a outra sobre a barriga.
- Dy? - digo entrando serenamente.
- Mel... - diz ela se virando de supetão e assustada pra trás - eu..eu..
- Calma, eu vi e achei lindo. - digo me sentando na cama.
Ela se sentou ao meu lado com uma cara que as pessoas normalmente fazem quando estão sem graça, cabeça baixa olhando pro chão e em todas as direções.
- O que você tava pensando? - perguntei.
- Em um monte de besteira.
- Que tipo de besteira?
- Tipo todas as burradas da minha vida.
- E seu bebê é uma?
- Não.. não sei.. ele é tão pequenininho dentro de mim ainda, mas eu sinto como se eu pudesse abraçá-lo e sentir o quanto ele precisa de mim e eu dele.
- Tá vendo, nem tudo que você fez foi burrada - digo colocando uma mecha de cabelo dela atrás da orelha.
- Mas olha o onde eu fui me amarrar, olha o pai que eu fui dar pra ele... isso não é justo.- Injusto seria se você com uma vidinha dentro de você e isso não deixasse seu coração amá-lo igual você está fazendo agora. - toco em seu queixo e levantando o seu rosto - Sabe, eu acho que o amor , único, verdadeiro é esse de uma mãe por um filho, quando meus pais se separam o que eu percebi que por mais que sinta falta de um pai essa falta nem se compara na falta de uma mãe, até porque quando as coisas começam apertar pro nosso lado é a mãe que a gente grita.
- Eu não quero ser igual a minha... eu quero ser uma mãe boa.
- E você vai ser, não tenha dúvidas disso.
- E se eu não for?
- Com você não tem esse de "e se" você vai e pronto... agora vem que você precisa comer. - digo levantando e esticando a mão em direção a ela.
Ela segurou na minha mão e depois eu abracei ela de lado e seguimos até a mesa do jantar, durante o jantar minha mãe contava pra Dy como que ela agiu quando estava grávida de mim, pelo contrário que eu ficava sabendo durante as conversas em família que tinham no natal, minha mãe havia ficado grávida de mim antes de casar com meu pai e quando nasci três meses antes do que era o previsto meus pais disseram para meus avós que eu tinha nascido prematura, mas meus pais não viam nada de errado nisso já que eles se amavam, pelo menos até eu completar os meus nove anos.
- Dy quando está marcado a primeira consulta do pré-natal? - perguntei levando o garfo na boca.
- Na sexta. - diz ela.
- Ótimo, assim o Lucas já vai estar aqui pra ir junto com você. - diz minha mãe.
- Quando ele vem mesmo? - pergunta Dy.
- Ele disse que o voo dele chega meia noite. - digo.
- Eu quero dormir viu? Preciso de pelo menos oito horas de sono sem interrupções. - diz Dy sorrindo.
- Do jeito que ele vai chegar, ele vai deitar ali no carpete da sala e desmaiar. - diz minha mãe rindo.
- Você que pensa mãe - digo rindo- ele tem hábitos noturnos, passar vinte dias sem dormir a noite e dormir umas três horas de dia você acha que ele vai chegar aqui e dormir? - digo.
- Não quero saber, eu quero dormir! - diz a Dy rindo.
- O bicho preguiça, você vai embernar se quiser, fica tranquila. - digo rindo.
Terminamos de jantar, depois arrumamos tudo e fomos pra sala eu fiquei mexendo no celular conversando com o Lucas por mensagem pra saber o horário certo que ele chegaria enquanto minha mãe a Dyana assistia novela e discutia sobre ela. As horas foram se passando, minha mãe foi para o quarto dormir, ficamos só eu e a Dy na sala.
- Hei... - diz Dyana deitada em um sofá e eu em outro.
- Fala...
- Tô com fome.
- Meu Deus Dy! - digo rindo.
- Sério cara, me deu uma vontad..
- Pera, não vai começar com essas vontades malucas no meio da noite não né? - digo olhando pra ela.
- Calma, eu posso falar do que eu tô com vontade de comer?
- Vai, fala...
- Lembra daquele sorvete que a gente tomava na época da sexta série?
- Qual? não lembro.
- Era um rosinha com umas bagaça colorida no meio.
- Ah você acha que eu vou lembrar?
- Eu tô lembrando porque você não ia lembrar?! Era um que eu falava parecia com o pônei que eu tinha ganhado da minha tia do sul.
- Ah lembrei - gargalhadas - senhor, nem sei se esse sorvete existe ainda.
- Claro que deve existir, como é o nome dele?
- Ai, era alguma coisa de chiclete mas tinha um nome fantasia dele.
- É.. ai é ... é...
- LEMBREI! - disse toda animada - Chamava doce infância.
- ISSO! - disse ela sentando no sofá em um pulo.
Soltamos uma gargalhada.
- Cara, como eu amava aquele sorvete.. eu quero Mel, eu quero muito.
- Mas na onde que eu vou arrumar isso a essa hora da noite? São onze e quarenta e cinco.
- Eu quero! - diz ela fazendo manha.
- Espera um pouquinho. - digo me levantando.
Fui até a cozinha peguei o pote de sorvete de creme de dentro da geladeira servi em uma tigela e coloquei granulado de chocolate e quando estava voltando pra sala o Lucas me surpreende na entrada da cozinha.
- Bu! - diz ele pegando na minha cintura.
- Ai... - digo soltando a tigela.
- Opa! - diz ele agarrando a tigela antes que se estilhaçasse no chão.
- Besta - digo dando um tapinha em seu peito. - quase que o sorvete da Dy vai pro saco!
- Quase, mas não foi... cadê meu beijo? - diz ele fazendo bico
Eu relei o dedo no sorvete pegando um pouco e passei em sua boca, ele levou um mini susto.
- Aqui seu beijo! - digo rindo.
- Ai sua danada. - diz ele me abraçando e beijando meu rosto todo e me lambuzando de sorvete.
- Para Lucas - risos - para, você tá me melando inteira - risos - Lucas vai cair a tigela - digo tentando me equilibrar com a tigela na mão e o Lucas me beijando.
- Me dá isso aqui - diz ele pegando a tigela da minha mão e colocando em cima da mesa de jantar - Deixa eu ver se isso tá bom - diz ele colocando um pouco do sorvete com o dedo na boca.
- Se não tiver você briga com o indústria - digo rindo.
- Tá bom, mas assim fica melhor... - diz ele passando na minha boca e me beijando.
- Sai.. - digo tentando empurrar ele - preciso levar o sorvete pra Dy...
- Se não o bebê vai nascer amarelinho de pintinha preta?
- Não seu bobo! - digo rindo e pegando a tigela - vem..
Então eu ele seguimos até a sala onde encontramos a Dy toda afoita pelo tal sorvete rosinha das bagacinha colorida.
- Aleluia, eu ouvi vocês daqui. - diz ela sentando e cruzando as pernas em cima do sofá.
- Toma, não doce infância porque no seu estado você tem que tomar juízo! - digo deixando a tigela no colo dela.
- Prazer, Dyana Juízo, Juízo Dyana... agora toma ele! - diz o Lucas sujando o nariz dela com o sorvete.
- Lucas, você tá com o ritmo da ragatanga incorporado... porque não é possível - diz ela rindo e limpando o nariz.
- Como você tá? - perguntou ele sentando no meu lado no sofá e me acolhendo em seus braços.
- Bem, agoa eu co beim - Diz ela com a boca cheia.
- Hei... - digo pegando na mão dele - sexta você vai com a Dy no consultório do médico pra ela começar o pré-natal? Eu vou ter uma reunião na sexta e nem eu nem minha mãe vai poder ir com ela.
- Vou sim, e aproveito pra falar pro doutor que ela fica se enchendo de porcaria.
- Você não vai abrir esse bico pra doutor nenhum! - diz ela apontando a colher pro Lucas.
- Eu vou sim, dona porcaria! - diz ele rindo.
Ela olhou pra ele e mostrou a língua.
Ficamos conversando e assistindo televisão enquanto a Dy se empanturrava de sorvete, fomos dormir por volta das quatro e meia da manhã, apesar de no outro dia ter que acordar cedo pra ir trabalhar eu gostava de passar aquelas horas com a Dy e o Lucas juntos, eram as duas pessoas que me faziam bem de jeitos diferentes, o Lucas que mostrava que amor existe e que era intenso e a Dy que mostrava que além de tudo que ela passa sorrir e brincar é acima de tudo.
(Continua...)
Eai galera *-* gostaram do capítulo? bonitinho a Dy mamãe :'3 nhoooon nhoon... mãe meio doidinha vai ser ela né? kkkkkk e esses dois não tem jeito, a Mel e o Lucas são dois bobos heueheue espero que tenham gostado.
8 comentários para o capítulo 55 <3
Beijiinhus ;*



Kkkkkkk acabou de postar mais eu já quero o próximo tá thaaay..kkkkkk to mega curiosa anjo... Continuaa priim
ResponderExcluirContinuaaaa eu to curiosa senhor!
ResponderExcluircontinua continua continua
ResponderExcluirMto cut esse capítulo continua por favor ♥
ResponderExcluirQ fofosss s2
ResponderExcluirContinua pls xxGaby
Continuaa por favor
ResponderExcluircontinuaaa pf
ResponderExcluirContinua :)
ResponderExcluirta demorando :(
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