quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Fanfic Lucas Lucco - Um Pedaço de Mim - Capítulo 59

(...)


Quando a cirurgia realmente havia começado, percebi a movimentação de todos aqueles profissionais que checavam o soro e os batimentos cardíacos dela a todo momento, o Lucas me abraçava enquanto ficávamos olhando atentamente a cada movimento dentro daquela sala, eu me sentia responsável por ela como se fossemos irmãs que na verdade já havia se tornado a muito tempo.
As horas foram se passando e quando dei por mim comecei a ouvir , sim, o choro de um bebê não de um bebê qualquer, era da Helena, da filha da minha melhor amiga e irmã por escolha, meus sentidos se paralisaram quando escutei o primeiro choro mas logo os recuperei e olhei imediatamente para o Lucas me encarava com uma cara de "Meu Deus, ela nasceu!" soltei um sorriso imediado.
- Nasceu. - digo tentando me alto convencer.
Ele me abraçou com firmeza que até pude sentir a aceleração do seu coração e que não era muito diferente do meu algumas lágrimas rolaram pelo meu rosto de emoção, voltamos a olha em direção da sala de cirurgia e vimos o médico se aproximar com um ser tão pequenininho, tão frágil que a mão poderia ser tão menor quanto a orelha envolvido em um tecido azul marinho com a logo do hospital me aproximei do vidro que separava a salas e cheguei a tocar o vidro como se estive segurando seus pequenos dedinhos, senti o Lucas encostando seu tórax nas minhas costas e analisando cuidadosamente a Helena. 



Logo em seguida o médico voltou com ela e seguiu com o procedimento, o restante dos médicos estavam todos em volta da Dyana que estava com o rosto repleto de lágrimas apos de ver o rostinho de sua pequena Helena.



Quando acabou a cirurgia e a Dy voltava para o quarto eu e o Lucas fomos até a recepção onde todos aguardavam por notícias, quando chegamos todos ficaram nos olhando assustados e apreensivos.
- Como foi a cirurgia? Ela está bem? e o bebê? - disse minha mãe se levantando imediatamente quando nos viu.
- Ela é linda! - diz Lucas com empolgação na voz.
Todos respiraram aliviados  e abriram um sorriso, minha mãe me abraçou em quando vi entrar pela porta da recepção do hospital o Christopher.
 - O que aconteceu? - diz Christopher meio deslocado.
- A Helena nasceu. - digo empolgada.
Ele sorriu.
- Quando? - diz ele.
- A poucos minutos, eu e a Mel assistimos o parto. - diz Lucas sério se aproximando.
Eu sempre soube que o Lucas não se enfatizava com o Christopher e por isso não estanhei a reação do Lucas ao ver ele conversando comigo.
-E como foi? - diz Christopher.
- Tranquilo, estamos esperando para ver a Dyana. - digo.
Algumas horas depois recebemos a autorização para poder ver a Dy mas era apenas de dois em dois e rápido. Primeiro foi a Marcela e o Gabriel, e que com certeza deve ter dado um tremendo susto na Dy, depois minha mãe e o Christopher e por fim eu entrei com o Lucas. Seguimos pelo corredor de piso de cerâmica e paredes claras até no meio do corredor e entramos no quarto da Dy e nos deparamos com ela sentada na cama com as costas encostadas no travesseiro, parecia dormir mas assim que ouviu nossos passos abriu os olhos e olhou na nossa direção.
- Olá dona mamãe. - digo sorrindo.
- Olá dona madrinha e padrinho. - diz ela entrando na minha onda e sorrindo.
Eu e o Lucas se aproximamos mais dela até encostarmos na cama.
- Vocês estão sentindo esse cheiro? - diz Lucas fazendo cara confuso.
- Que cheiro? - digo.
- Esse cheiro de maternidade, de amor maternal, de mãe. - diz ele sorrindo para a Dy.
Rimos.
- Acho que é dessa mocinha aqui. - digo me referindo a Dy
- Ai como vocês estão engraçadinhos. - diz ela sorrindo - Eu sei que agora não sou apenas uma menininha, sou uma mãe.
- Nossa! - digo surpresa.
- Quem é você? - diz Lucas.
- Hein? - diz Dy confusa.
- O que você fez com a Dyana que eu conheço?
- Ai seu idiota! - diz ela rindo.
- É tão bom te ver assim. - digo
- Assim como? - diz ela.
- Feliz, rindo... a mesma Dyana de sempre.
- Só que agora com uma chaveirinha. - diz Lucas
Eu ri.
- Como é? Você tá chamando minha filha de chaveirinha? - diz Dy
- Calma mulé! - diz Lucas - Ela é uma chaveirinha linda.
Rimos.
- Palhaço! - digo dando um soquinho em seu braço.
- Lucas, deixe eu conversar com a Dy sozinha? - digo.
- Porque? - diz ele.
- Porque eu tô pedindo.
- E se eu não deixar?
- Você dorme no sofá pro resto da sua vida.
- Tchau Dyana, depois eu venho te visitar de novo. - diz Lucas dando um beijo na testa dela.
O Lucas me dá selinho e depois sai do quarto.
- Porque tanto medo do sofá? - diz Dy
- É uma longa história. - digo sorrindo.
- Eu sei o que você vai me dizer.
- Mas eu não falei nada.
- Mas eu te conheço como a palma da minha mão, eu sei que você pediu pro Lucas sair do quarto pra poder me dizer "eu disse que você não iria morrer" - diz ela imitando minha voz.
- Sabia que não é legal tirar as palavras da boca de alguém?
- Fazer o que se você é tão previsível. - diz ela sorrindo.
- E você espertinha.
- Mas não se esqueça que ainda dá tempo.
- Meu Deus, Dyana quando você vai parar com esse pessimismo?
- Não é pessimismo, é o que eu sinto.
- Você deveria pensar agora em ficar bem, em sair desse hospital e cuidar da sua filha e não pensar que tudo vai dar errado.
Ela virou a cabeça para o lado da parede do quarto.
- Você tem um cara super bacana que está estampado na cara dele que ele gosta de você, uma filha linda e você fica desse jeito.... Dy olha pra mim.
Ela virou o rosto novamente e me encarou.
- Terminou?
Eu fiquei em silêncio apenas olhando a santa dificuldade da Dyana de ver o lado bom da vida.
- Agora me escuta, quando me acontecer alguma coisa...
- Não vai. - digo interrompendo-a.
- Quieta e me escuta... quando me acontecer alguma coisa e sentir que precisa de respostas para todas as perguntas que surgem na sua cabeça, igual aquele dia que nos reencontramos na praia, quero que procure lá...
- Dyana o que você andou tomando? - digo conferindo a bolsa de soro pendurada próximo a cama.
- Mel, presta atenção é sério. - diz ela segurando minha mão.
Eu olhei assustada em direção a ela.
- Me promete que não vai culpar ninguém pelo que acontece comigo?
- Dyana, você está me assustando!
- Promete.
- Pelo amor de Deus, para com isso.
- Promete.
- Dy... - digo assustada em quanto dava um paço para trás.
- O que?
- Seu nariz...
Ela levou as pontas dos dedos até o lábio superior e encostou as pontas dos dedos em uma linha de sangue que descia lentamente do nariz.
- Sangue? - Diz ela encarando os dedos sujos.
Eu saí apressada do quarto e entro no corredor chamando por ajuda, mas parecia que cada vez mais que eu chamava por socorro ninguém me ouvia, segui no corredor até chegar em um porta e trombar com uma médica.
- Por favor me ajuda, minha amiga está sangrando. - digo assustada.
- Onde ela está?
- No quarto do meio do corredor.
Eu não me lembrava o numero do quarto e quem lembraria.
A Médica entrou novamente na sala de onde havia saído e logo depois saiu acompanhada com mais duas pessoas que pareciam ser médicos, voltamos para o quarto da Dy e ao entrarmos me deparei com ela já inconsciente na cama, os dois médicos logo foram para cima dela, um conferia os batimentos cardíacos dela com dois dedos na jugular dela e quando tentei verificar o que o outro fazia a médica apareceu na minha frente puxando para fora do quarto.
- Venha querida...
- Não, não posso deixar ela aqui... - digo me esquivando dela.
- Venha, ela vai ficar bem... - diz ela me segurando com força.
- Me solta! - digo.
- Eu não quero pedi pra eles sedá-la.
- EU DISSE PARA ME SOLTAR! - digo exaltada.
No mesmo estante senti uma pontada em meu braço, imediatamente senti o líquido entrar parecendo que me rasgava por dentro, meu corpo parecia que estava sem as juntas e minhas pálpebras pesavam uma arroba cada e quando menos esperava apaguei.


Acordei em um quarto igual ao que a Dyana estava, senti minha cabeça doer um pouco, tentei me levantar mas alguém colocou a mão em meu tórax me empurrando delicadamente para trás me fazendo deitar novamente, minhas vistas ainda estavam embaçadas não dava para reconhecer quem estava lá, esfreguei os olhos na tentativa de poder enxergar melhor mas foi em vão a única coisa que escutei foi alguém pedindo que eu descansasse mais um pouco.
Ao acordar pela segunda vez, eu estava bem melhor minha cabeça não doía mais, e minha visão já não estava mais embaçada apenas um gosto horrível permanecia na minha boca. Ao me sentar na cama me assustei ao ouvir alguém falar comigo.
- Não levanta, você ainda vai estar tonta.
Olhei rapidamente para frente e me deparei com o Lucas com a Helena nos braços enquanto ele tentava ninar ela, era uma cena interessante, ver como ele era tão cuidadoso ao segurar um bebê tão pequeno e tão frágil e mesmo assim tão desajeitado como um homem segura um bebê pela primeira vez, não consegui me conter e soltei uma risada.




- Que foi? - diz ele me olhando.
- Você segura a Helena como se fosse um saco de batatas.
Ele riu.
- Trás ela aqui.
Ele veio em minha direção com calma e delicadeza colocou ela sobre meus braços, pude sentir sua pele sensível, aquele cheiro original de bebê, aqueles pequenos olhos me encaravam como se tentasse me registrar na sua mente.
- Você coloca a cabeça aqui no braço - digo mostrando como se segura um bebê - e você deixa meio inclinado o corpinho dela para baixo e segura com o outro braço para ela não se sentir sufocada.
Ao olhar para o Lucas setado ao meu lado pude perceber a cara de bobo dele.
- Porque você está me olhando assim? - digo.
- Porque você daria uma mãe entanto.
Sorri e olhei para a Helena.
- Não sei se seria.
- Claro que sim, olha como você segura a Helena.
- Isso não quer dizer nada, qualquer pessoa pode segurar ela assi...
- Não - diz ele me interrompendo - Você segura ela como se fosse uma fortaleza que impede qualquer coisa chegar até ela, tipico de uma mãe enquanto. - diz ele sorrindo.
- Lucas, o que você está querendo dizer com isso? - digo olhando para ele.
- Acho que só falta isso para eu me tornar o homem mais feliz que alguém já viu.
- Mas a gente só...
- Não seja por isso - diz ele me interrompendo - Casa comigo Melissa?
Eu fiquei completamente imóvel tentando processar na minha cabeça o que tinha acabado de entrar em meus ouvidos.
- Eu sei que o momento é impróprio - diz ele olhando para a Helena -  eu sei que podia ter feito uma surpresa pra você, mas as circunstâncias e meu amor acabou me obrigando a fazer  isso pra vo...
- Eu aceito. - digo.
- O que? - diz ele me olhando meio assustado.
- Eu aceito, eu aceito passar o resto da minha vida ao seu lado, eu aceito Lucas. - digo já entre lágrimas.
Ele abriu um sorriso, que cá entre nós lindo de morrer, e me beijou.




Alguns segundos depois a Helena começou a chorar fazendo o Lucas me soltar, olhamos para ela e começamos a rir.
- Acho que ela não gostou de ter ficado de fora. - diz Lucas sorrindo.
-Hei mocinha, calminha aí. - digo levantando ela.
Alguns segundos depois uma enfermeira entrou no quarto nos surpreendendo.
- Ah, aqui está a dona sumida. - diz a enfermeira pegando a Helena no colo.
- Onde você vai levá-la? - digo
- Para mãe dela.
- A Dyana, meu deus, o que aconteceu com a Dyana? - digo olhando para o Lucas.
- Os médicos não disseram, apenas falaram que ela está bem e que está consciente.
- Por isso vou levar ela para ser alimentada. - diz a enfermeira.
- Posso vê-la? - digo.


Caminhamos até outro lado do hospital, eu me apoiando no Lucas pois eu ainda estava meio tonta, entramos em uma sala diferente da que ela estava, havia mais aparelhos ligados a ela, ela estava acordada ainda deitada, ao sentir nossa presença sorriu.
- Meu Deus. -digo abismada com a quantidade de aparelhos.
- Aqui sua pequena, agora alimente-a antes que ela vire um bebê dinossauro. - disse a enfermeira colocando a Helena nos braços da Dy.
- Obrigada.
A enfermeira sai nos deixando sozinhos.
- Não sabem ainda o que aconteceu. - diz ela amamentando a Helena.
- Você vai ficar bem, Dyana! - diz Lucas.
- Todo mundo fala a mesma coisa e olha onde estou, cada dia pior.
- Eu já disse o porque - digo - e não fale assim, a Helena te escuta sabia?
- Começou. - diz ela revirando os olhos.
- Parem vocês duas. - diz Lucas.
- Segura tua namoradinha ai, que ela acha que manda no que eu devo ou não pensar. - diz ela.
- Para a sua informação, eu não sou mais a namoradinha dele. - digo ironicamente.
- Ah não? se separaram foi? - diz ela nos encarando.
- Não. - digo.
- Eu pedi ela em casamento. - diz Lucas.
- E eu aceitei.
- Hum, boa sorte para vocês.- diz ela sem dar muita importância.
- Será que dá para você parar de ser tão marrenta e tão egoísta um pouco? - digo.
- Mel... - diz Lucas me encarando.
- Egoísta? só o que me faltava.
- Eu só estou tentando te salvar de morrer, de perder de criar sua filha, de vê-la crescer, de você ter sua vida. - digo.
- E você acha que eu não quero? você acha que eu quero morrer?
- É o que parece.
- Você não entende nada.
- Vem Melissa... - diz o Lucas tentando me levar para fora.
- Não é justo, depois de tudo que eu fiz por você pra você se entregar assim. - digo chorando - não é justo comigo que vivi esse tempo todo com você, não é justo com sua filha que vai crescer sem você.
- Mel meu amor, vem! - diz Lucas me puxando.
Enquanto eu saía do quarto, pude ouvir a Dyana chorar me virei e olhei por cima do ombro do Lucas e vi uma Dyana desconhecida que acariciava o rosto da Helena enquanto o rosto se inundava de lágrimas, senti um pouco de remorso pelo o que havia falado para ela, mas eu tinha medo de perdê-la e não conseguia entender porque ela havia se entregado tão rápido, o Lucas fora do quarto tentou me acalmar, e de vagar consegui me acalmar e voltamos para a recepção junto com minha mãe que ainda me esperava, mas ao passar na frente do quarto da Dy pude ver pela parte de vidro da porta ela brincando e sorrindo, ainda com algumas lárimas no rosto, com pequena e doce Helena.


Foi a última vez que a vi com vida.

(Continua...)


Ai g-ová, eu tô chorando scrr :'c  e vcs? triste não? Pois é :/ Eu demorei para aparecer, pq tá fods meu dia parece que tem apenas 6 horas e não 24 horas, porque eu pisco e ele já voa, eu queria muito, mais muito mesmo poder escrever um capítulo todo dia ou mais, é minha paixão isso daqui, mas infelizmente não está dando tempo. O Próximo capítulo será o ultimo da primeira temporada, a segunda pode ser que nas férias de Julho eu volte fazendo ela, ou antes quem sabe?! Fiz um capítulo grande, passei o dia escrevendo até minha mãe quase me deu uma surra kkkk mais tá tudo bem. Espero que tenham gostado. Okay?

8 comentários para o capítulo 60 :(

Ultima parada::::::: Final - Fanfic Um pedaço de Mim.

Beijinhuus ;*



 

9 comentários:

  1. PQP, que capítulo PERFEITO, meu olho encheu de lágrima! Esperar até julho para a segunda temporada vai ser barra pesada, mas fzr oq ne?Amo sua fic e ficou muito emocionante esse capt /Lara

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  2. Naoooooooooooo, vc ñ podia ter matado a Day :'( :'( queria ver ela feliz com o Christopher :'(

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  3. Muié do céu, continua esse trem logo ! :'(

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  4. Socorrooo ;'(
    Chorei largada ç.ç' termina çç

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  5. TERMINA LOGO TÔ ANSIOSA AQUI,ROENDO TODAS AS UNHAS.

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