(...)
Entrei pela porta na qual eu tinha visto a Dyana pela última vez, era um corredor grande de piso de cerâmica as paredes pintas em um tom de creme várias portas davam para o corredor, quase todas estavam fechadas. Continuamos andando em silêncio até chegarmos em uma porta no meio do corredor, ela estava fechada como todas as outras, o médico me aconselhou que eu não demorasse muito para deixar a Dy descansar para mas a tarde ela estar bem para a cirurgia. Eu peguei na maçaneta da porta e a girei, entrei no quarto e logo conseguir ver a Dy deitada em uma maca levemente inclinada para frente, tinha alguns aparelhos ligados a ela mais uma bolsa de soro que cotejava lentamente ela parecia dormir tranquila, me aproximei dela e fixamente analisava sua fisionomia e não encontrava nenhuma mudança brusca, apenas o tom de pele levemente pálida e os lábios perderam a coloração a vermelhada que ela tinha naturalmente, me aproximei mais dela e passei suavemente as pontas dos dedos em torno de seu rosto o que fez ela despertar.
- Oi mocinha. - digo sorrindo.
- Mel? - diz ela
- Como você está se sentindo?
- Bem, eu acho.
- Que susto que você deu na gente, hein! - digo
- O que aconteceu? Só lembro de estar na sentada na mesa de jantar tomando café e depois comecei a passar mal e depois acordei aqui nesse lugar horroroso.
- Sua pressão estava oscilando e você desmaiou.
- Me disseram que hoje vão fazer o parto. - diz ela.
- Já nos disseram também. Está ansiosa para ver o rostinho da sua Mari Eduarda ou Helena?
- Helena, eu estou muito. - diz ela sorrindo.
- Enfim, o nome foi escolhido.
- Se o Christopher disse que combina mais comigo, aceitei a sugestão.
Risos.
- Ele ficou ontem o dia todo aqui só foi embora porque ele tinha que cumprir plantão hoje, prometeu que voltaria pra te ver.
- Porque esse homem não apareceu na minha vida antes, Mel?
- Acho que foi porque ele apareceu na minha primeiro. - risos.
- Isso esfrega na minha cara.
- Mas você sabe quem eu amo.
- Eu sei desde quando tínhamos quinze anos, já tô até careca de saber. - diz ela revirando os olhos.
Risos.
- Mel?
- Oi?
- Posso te pedir uma coisa?
- Claro, o que?
- Lembra quando você me prometeu que sempre carregaria com você um pedacinho de mim?
- Claro que lembro, mas porque você está me perguntando isso?
- Se acontecer alguma coisa de errado comigo na hora do parto você cuida da Helena por mim?
- O que? - digo perplexa - Credo Dyana, não vai acontecer nada com você.
- Promete pra mim, que você vai cuidar dela como se fosse sua filha.
- Eu não vou prometer nada, porque vai dar tudo certo e você vai criar a sua filha.
- Mel, por favor - ela segura a minha mão - você é a única pessoa que eu confio, não quero que ela seja criada pelos meus pais e que cresça igual a mim sendo um modelo de filha perfeita cumprindo as vontades deles, eu quero que ela cresça seguindo as próprias decisões.
- Dy eu, eu.. - digo assustada - eu não posso fazer isso.
- Você pode, eu sempre admirei sua força como a perseverança da sua mãe e o companheirismo que o Lucas tem, é com pessoas assim que eu quero que ela cresça.
- Dy, para até parece que você vai morrer, você está bem os médicos me garantiram que você está fora de risco de vida, você vai ficar boa. - digo com meus olhos inundados de lágrimas.
- Mel, eu só preciso que você me prometa isso.
O silêncio começou a reinar entre nós duas.
- Você prometeu cuidar de mim e prometeu carregar um pedaço de mim com você acho que você não quer me prometer porque acha que é uma forma de não querer aceitar a possibilidade de me perder, mas aconteça o que acontecer eu confio em você e sei que você não vai deixar nada acontecer com ela.
- Dy eu...
Antes que eu pudesse terminar a frase o mesmo médico que havia me levado até o quarto reapareceu na porta pedindo que eu saísse para não esforçar muito a Dy, eu comecei a andar em direção a porta e quando me aproximei da porta e do médico me virei para trás e chamei pela Dy.
- Dy?
Ela se virou pra mim.
- Eu prometo.
Ela sorriu e logo depois sai do quarto, voltei pelo mesmo corredor de paredes claras e o piso de cerâmica até a recepção. Quando abri a porta me deparei com uma quantidade maior de pessoas não consegui identificar quem era, mas ao chegar mais perto pude ver que era a Marcela e o Gabriel, os pais da Dyana que conversavam levemente alterados com o Lucas e minha mãe.
- O que está acontecendo aqui? - digo.
- Melissa? - diz Marcela.
- O que vocês estão fazendo aqui? - digo.
- Porque você não nos avisou que a nossa filha estava doente? - diz Gabriel
O Lucas solta um riso de deboche.
- Como é? - digo.
- Nós tínhamos o direito, somos os pais dela. - diz Marcela alterada.
- Não venha me dizer que vocês tem direitos, porque o que vocês fizeram com a Dyana não foi atitudes de pais, abandonaram ela no momento mais difícil da vida dela e ainda por cima você - digo apontando diretamente para a Marcela - fez pressão psicológica pra que ela abortasse o bebê ou vocês a não considerariam mais filha de vocês e agora na essa altura do campeonato você vem me dizer sobre direitos? - digo fora de mim.
O Lucas me segurou pelo braço pra que eu não voasse no pescoço da Marcela e a entupisse de tapas.
- O que você está dizendo Melissa? - diz Gabriel - A Marcela jamais faria isso, ela veio até aqui para pedir pra que a Dyana voltasse para casa, mas ela se recusou.
- Claro, se ela abortasse ela voltaria caso o contrário não queria mas saber dela. - digo.
- Você deve ter se enganado. - diz ele.
- Então pergunte pra ela. - diz Lucas.
- Marcela... - diz ele olhando pra ela que estava um tanto quanto assustada.
- Olha o que esse bebê está fazendo com a nossa filha, está matando ela, eu quis impedir tudo isso acontecesse. - diz ela desesperada
- Matando uma vida inocente? - diz Lucas alterado.
- Meu Deus. - diz Gabriel se sentando na poltrona com as mãos elevadas a cabeça.
- Eu juro que fiz tudo para tentar salvar o futuro da nossa filha, da nossa família... - diz ela.
- Sabe quantas vezes ela desejou que você estivesse com ela? Quantas vezes ela tocava no seu nome enquanto quase morria de tantas contrações? Eu acompanhei todo esse tempo ela sofrendo por não ter a pessoa que ela mais amava por perto dela nos momentos que ela mais precisava de você. - digo avançando para cima da Marcela.
- Mel, calma... - diz o Lucas me segurando com mais força.
- Você não podia ter feito isso comigo. - diz ela chorando em relação ao Gabriel.
- Você que não podia ter abandonado a sua filha, sua cretina! - digo gritando.
O Lucas logo me segurou pela cintura me puxando para longe de toda confusão, enquanto ele me levava para fora do hospital três seguranças estava seguindo em direção a recepção apressados.
Quando chegamos na área externa no hospital, o Lucas me sentou em um banco e voltou para dentro do hospital, mas logo voltou segurando um copo de água ele se sentou ao meu lado enquanto eu bebi a água.
- Eu não acredito que ela teve a coragem de vir aqui me falar aquilo.
- Meu amor, não vale a pena se estressar com essas coisas. - diz ele segurando minha mão.
- Mas me doí lembrar de todas as vezes que a Dy falava que sentia falta dela.
- Eu sei, mas o tempo vai dizer pra ela e que ela poderia ter feito diferente.
- Lá dentro a Dyana me pediu que eu cuidasse da Helena como fosse nossa filha. - digo me recuperando.
- Porque ela disse isso?
- Ela acha que vai acontecer alguma coisa com ela, mas eu sei que não vai, os médicos me garantiram que ela está bem.
- E o que você disse?
- Que sim, só pra tranquilizá-la.
Ficamos alguns segundos em silêncio.
- Você acha que pode acontecer alguma coisa? - pergunto.
- Claro que não, vai correr tudo bem você vai ver. - diz ele depositando um beijo no topo da cabeça.
Alguns minutos depois, mais calma eu e o Lucas entramos novamente, tentei manter distância da Marcela e me concentrar para a hora que a Dyana entrasse na sala de cirurgia. Alguns mas horas depois, o relógio marcava três horas e desseis minutos quando o médico apareceu novamente na recepção.
- A Dyana está entrando na sala de cirurgia neste momento e ela pediu pra duas pessoas estivesse assistindo o parto. - diz o médico.
- A gente vai. - diz a Marcela se levantando.
Eu não pude acreditar no que tinha ouvido naquele momento.
- Desculpe, mas ela pediu que Lucas e Melissa fosse. - diz o Médico.
- Eu? - digo olhando surpresa.
- Foi o que ela nos disse.
- Vamos? - digo olhando em direção ao Lucas.
- Vamos.
Então eu e o Lucas entramos, o médico nos levou até a sala de cirurgia, ficamos atrás de uma espécie de parede de vidro, iguais que tinham no hospital do câncer onde o Christopher trabalhava, a sala estava repleta de cirurgiões ligando vários tipos de aparelhos na Dy, pude perceber que ela ainda estava acordada, parecia nervosa e com medo, ao perceber nossa presença ela virou a cabeça e nos avistou através do vidro e sorriu, um sorriso que misturava ansiedade, felicidade e medo que pude perceber através do seus olhos. O médico que havia ido nos buscar entrou na sala de cirurgia todo higienizado pronto para começar e assim foi feito a anestesia começou a ser ejetada e ela acenou com a cabeça dizendo que sim para algo que o médico havia dito.
(Continua...)
Oláaaa, olha quem está de voRta.. eu \Õ/ heueuheueeheu mil perdões pela demora, já expliquei a situação né? beleza. Falta só mais dois capítulos e caba a fic :c o que vcs acham que vai acontecer? vcs acham que o parti vai ser bem sucedido? vocês acham que a Marcela ainda vai dar trabalho? será que ainda tem coisa escondida que a Mel ainda não sabe? Preparem os corações. Espero que gsotem.
8 comentários para o penúltimo capítulo :c
Beijinhuuuus ;*


Só mais 2? Ai meu Deus continuaaa :-D e não mata a Mel tá, ela tem q ficar com o Christopher :-D
ResponderExcluircontinua continua continua continua continua continua
ResponderExcluircontinuaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
ResponderExcluirContinua! e vê se não mata a Dyana! esse capitulo foi bem pequeno, capricha no proximo!
ResponderExcluirContinuaaaaaaaa, ficaria + emocionante se a Dy Morre-se, sei lá
ResponderExcluircontinua
ResponderExcluirComoooo é??? acaba a fic????? :'(
ResponderExcluirSofrii .. pq? acaba nao ;'(
vc demora demais pra postar ;(
ResponderExcluirContinua, e to chorando só de saber que tem só mais 2 :( ai caraio, aguenta coraçao!
ResponderExcluirContinuaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
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