(...)
Acordei no dia seguinte com uma dor de cabeça terrível, não sabia se é porque tinha dormido de mais ou que raios era que eu tinha, meu corpo todo doía e parecia que alguém tinha sugado toda a minha energia porque nem em pé eu conseguia ficar. Eu me levantei com muita dificuldade, me segurando na mobília e nas paredes tentei descer as escadas mas tudo rodava então me sentei no primeiro degrau e encostei minha cabeça na parede, até ficar sentada meu corpo doía ele parecia estar suplicando por cama. Minha mãe saindo da cozinha me viu toda acabada no começo da escada já veio em minha direção toda preocupada.
- O que aconteceu minha filha? - colocando a mão em mim - você tá queimando em febre!
Eu não estava aguentando nem falar, porque até o maxilar doía e principalmente quando eu piscava os olhos.
- Ai Mãe, tá doendo tudo!
- Vem levanta, que eu vou te levar no médico!
Minha mãe foi me segurando até o carro, depois voltou e pegou meus documentos e meu celular que ela sabia que eu não sabia ficar sem, mas naquele estado eu tava pouco me importando com ele.
Ao chegar no médico logo fui atendida por quase estar desmaiando de tanta fraqueza e dor e fui diagnosticada com dengue, fiquei quatro horas tomando soro e recebendo instruções de repouso e hidratação em casa, nesse meio tempo o Lucas apareceu no hospital pra me ver.
- Hei mocinha! - diz ele entrando no quarto.
- Lucas?
- O que foi que aconteceu, amor?
- Não, saí daqui... - digo colocando o travesseiro no rosto!
- Porque?
- Não quero que você me veja parecendo uma integrante da Família Adms.
Escutei ele rir.
- Para de ser boba, Melissa... deixa eu te ver! - diz ele tentando tirar o travesseiro.
- Não, para, sai daqui...
- Enquanto você não deixar eu te ver, eu não vou sair daqui!
- Eu tô feia!
- Impossível.
- Eu tô amarela!
- Que linda, então não é da Família Adms e sim dos Simpsons! - risos.
- Para de tirar sarro da minha cara, seu gay!
- Ow sou gay não djhow e você sabe disso!
- CALA A BOCA, INFELIZ! - digo tirando o travesseiro do rosto e jogando nele.
- Ai, o que foi? - diz ele segurando o travesseiro.
- Eu não contei ainda! - digo mordendo os dentes.
- E o que é que tem ela saber agora?
- O que tem que eu não quero conta pra ela num hospital!
- Entendi... olha que gracinha você tá parecendo a Liza Simpson! - diz ele sorrindo.
- Para Lucas... - digo com a voz manhosa e fazendo bico.
- Não tem problema, eu vou continuar te amando mesmo você parecendo um Simpson! - diz ele me dando um beijo na testa.
- Mesmo se eu ficar assim pra sempre?
- Aham!
- Mesmo se eu começar a ficar toda vermelha?
- Aham!
- Nossa, se viu a onde você foi amarrar seu burro?
- Aham e não me arrependo!
Alguns segundos depois a minha médica entrou pra me dar alta, ela era minha médica desde quando tinha me mudado pra Goiânia.
- Bom, senhorita Melissa você vai poder ir para sua casa agora, mas não se esqueça que você ainda não está legal pra ficar abusando, bebe muito liquido, Ok?
- Tudo bem!
- E você é o namorado dela? - pergunta a doutora enquanto retirava o pequeno esparadrapo do meu braço.
- Eu sou! - responde ele segurando minha mão.
- E quantos anos você tem?
- Dezessete.
- hum, tô vendo que vou ter que começar a conversar com você já dona Melissa! - diz ela sorrindo.
- Acho que não vai precisar! - digo meia encabulada.
- Não? - diz ela parcialmente espantada.
- A gente já teve a aula prática dessa matéria! - diz Lucas sorrindo.
- Meu Deus, mas já? - diz ela assustada - Quanto tempo de namoro? - retira a agulha e colocando um curativo.
- Três meses e vinte e dois dias! - digo.
- Essa juventude - diz ela balançando a cabeça e jogando a agulha no lixo - Se eu falar pra vocês quando eu tive minha primeira relação sexual, vocês começam a chorar! - diz ela rindo.
- Porque? - Pergunto.
- Porque foi com meus dezenove anos na faculdade! - diz ela retirando as luvas.
- Nossa! - diz Lucas espantado.
- Mas eu não tenho nada contra desde que tenha confiança de ambas partes e que se cuidem! - diz ele sorrindo para nós dois - Agora você pode ir, mocinha qualquer coisa volte aqui, mas é qualquer coisa mesmo! - diz ela dando ênfase no "mesmo".
- Tudo bem, doutora! - digo me sentando.
- E você cuide bem dela, ela é uma ótima garota! - diz a doutora.
- Pode deixar, eu estou cuidando!
A doutora faz um sinal com a cabeça e depois sai. Com certeza ela iria comentar com minha mãe para alertá -la já que as duas se conhecem a bastante tempo, mas isso não me preocupava muito, pois minha mãe já sabia um pouco ou tinha a expectativa de que no acampamento isso iria acontecer e não foi a toa se ela colocou as camisinhas na minha mochila e foi até bom que isso aconteceu pelo menos vou poupar falar "Mãe, eu transei" "Mãe, eu não sou mais virgem" que era meio envergonhoso pra mim, mesmo minha mãe sendo minha completa companheira, ela não deixava de ser a minha mãe.
- Sua médica é super gente boa!
- Tinha que ser né, trabalha com crianças e adolescentes! - digo fazendo um coque no meu cabelo.
- Você acha que ela vai contar pra sua mãe?
- Certeza, mas melhor assim, vai ser mais fácil contar pra ela!
Ele sorriu.
- Vamos Mel? - diz minha mãe entrando no quarto.
- Vamos, mãe.
O Lucas segura minha mão pra eu descer da maca, peguei meu celular de cima da mesinha que havia ao lado da maca e voltamos pra casa.
Ao chegarmos em casa eu queria sedentemente me sentar, eu estava melhor mas não o suficiente pra ficar muito tempo em pé, então me sentei no sofá da sala enquanto minha mãe seguiu até a cozinha.
- Você tá melhor? - pergunta Lucas se sentando ao meu lado.
- Eu tô!
- Você acha que foi no acampamento?
- Só pode, eu não fui pra outro lugar depois que eu cheguei de lá!
- Você tem que avisar a coordenação do colégio, as vezes não foi só você que tá desse jeito.
- Depois eu faço isso, agora eu quero ficar aqui quietinha pro meu corpo para de doer!
- Você não tá mais amarela Simpson! - diz ele rindo.
- Para Lucas - risos - eu ainda não queria que você me visse desse jeito!
- Namorado não é só para os momentos bons não, é para os momentos ruins também!
- Ai que gracinha, você leu isso no face? - digo rindo.
- Sem graça!
Risos.
Logo depois minha mãe apareceu com um copo que parecia mas um jarra de soro pra eu beber e coitada de mim se eu não bebesse, nem vou comentar o gosto daquilo porque aposto que todo mundo já tomou e sabe que é ridiculamente horrível. Minha mãe colocou o copo sobre a mesa do abajur ao lado do sofá e depois se sentou no sofá da frente em qual eu e o Lucas estávamos e começou a conversar.
- Então como foi o acampamento?
- Legal! - digo.
- Só legal?
- O que você quer que eu diga? Que foi espetacular?
- Mas não aconteceu nada?
- Mãe, você sabe que o acampamento é exatamente a mesma coisa todos os anos é mais fácil você já ser direta e me pergunta como foi a minha noite com o Lucas!
Ela sorri e o Lucas me olhou meio surpreso pela minha resposta.
- Então, como foi?
- Barraca, depois das pistas, a noite, incrível!
Eu começo a rir junto com minha mãe. O Lucas não entendia muito bem como eu conversa com minha mãe quando eu não estava muito a vontade de falar, mas o importante é que minha mãe entendeu a mensagem.
- A sua? - diz ela
- O que?
- Na sua barraca ou na dele?
- Na minha.
- Que bom Mel, eu estou feliz por vocês! - diz ela sorrindo.
Eu e o Lucas apenas sorrimos. Eu aproveitei o embalo da conversa e tirei umas das curiosidades sobre minha mãe que ela nunca tinha me contado.
- Mãe, com quem foi a sua?
- A Minha? Vishi, faz tanto tempo já... mas foi com meu primeiro namorado também, meu pai era tão bravo, tão bravo que ai dele se ele entrasse dentro de casa sem meu pai estar lá. -ela sorriu.
- Quantos anos? - pergunta Lucas.
- Acho que uns dezessete pra dezoito.
- E eu aqui com quinze! - digo.
- Mas é que agora tempos são outros Mel, hoje por mais que o pai não queira que a filha namore a mãe ajuda, tudo acontece precocemente e sem falar que antigamente as mulher tinham medo de descordar do marido!
- Obrigado Deus por me fazer nascer na década de noventa! - diz Lucas.
Rimos.
Por mais que minha mãe seja insuportável em algumas coisas nessas eu não tinha o que reclamar, ela era a verdadeira mãe companheira que não tem medo de enfrentar a vida com ousadia, que faz qualquer coisa pra ver a filha bem e que passe por todas as experiências de um modo que ela controle de algum jeito mais sem ser ditadora. Eu não me imagino sem a minha mãe, se por algum descuido de Deus e fizesse ela eterna seria um dos acontecimentos mais importantes da humanidade, por ter para todo o sempre uma mulher modelo de mãe, exemplo de vida e espetacular em persistência em seguir a vida mesmo tendo tudo ao seu redor contribuindo que desmoronasse. Eu me preocupo a cada capsula de anti-depressivo que ela tomava, mas eu sei que sem eles ela talvez não estaria em condições de reais de trabalhar fora, sem dona de casa e ser mãe de uma filha em pleno auge da adolescência, fazia de tudo pra que não gerasse mais preocupações pra ela, mas mesmo fazendo além do limite ainda ia ser pouco pra ela, pois nunca vou conseguir retribuir tudo o que ela fez e continua fazendo por mim.
(Continua...)
Hey babys \Õ mais um capítulo e pelo menos esse ficou melhor que o anterior kkkkk é que eu tô de férias da escola ai a noite sobra tempo, #Uhulles ... a Melissa é o famoso estilo de pessoa que é imã pra azar haha a menina male má chegou do acampamento e já me pega uma dengue --' Mas tudo ótimo, porque o Lucas é sensacional e cuida dela #Owwwn kkk parei... E outra a Mel é bem direta né? Caramba. kkkkkkkk Espero que gostem *-*
8 Comentários para o capítulo 22 <3
Beijinhuus ;*


Continua ...
ResponderExcluirOwnnn *-* Continua
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